sexta-feira, 11 de março de 2016

Onde chegamos...

Imagine um estado que se autointitula democrático e DE DIREITO onde qualquer promotor ou juiz, imbuído de paranoia higienista, xenofóbica, racista ou messiânica resolve, a seu bel-prazer, transformar sua caneta numa forquilha...

Nesse país, as instâncias superiores do judiciário (que poderiam controlar arroubos autoritários) estão covardemente amedrontadas e imobilizadas pelo tribunal supremo midiático e reféns da opinião publicada.

Plutocratas vomitam discursos de ódio, vingança e morte repercutidos em doses cavalares pela imprensa fascista. 

Junte-se, aqui, o aparato de repressão, historicamente constituído para a manutenção do establishment, a agir, também, de forma seletiva e repressora.


E a leis? As leis são meros instrumentos discricionários, usadas pelas elites das castas jurídicas para proteger uns e incriminar/eliminar outros, seletivamente.


Esse é o Brasil atual. 

Aqui, observamos uma coalizão que se robusteceu em meio à crise política e econômica nos últimos dois anos, liderada por políticos vingativos e pueris como Aécio, Serra, Caiado, Bolsonaro, Paulinho da Força, Alckmin, Cunha, Agripino, entre outros; por uma mídia serviçal do rentismo global e por alguns juízes, promotores, policiais, empresários e banqueiros de visão colonialista, messiânica e autoritária.

Segmentos da classe média, ávidos de vingança (ao invés de exigiram a ampliação da cidadania para todos), invejam e odeiam a ascensão social dos empobrecidos e engrossaram o coro dos revoltados on e off line porque querem o retorno de privilégios de classe e odeiam a ideia da igualdade de direitos.

Essa coalização midiático-política-empresarial-policialesca-jurídica-mediana ao invés de apresentar um projeto político para o país, tenta, a qualquer custo, reimplantar a república dos homens de ben$$$.

Do outro lá, observamos um governo federal perdido; um Congresso macartista; uma coalizão governista perversa e traíra; uma esquerda dividida, sem um discurso coeso; movimentos sociais ainda dispersos, sem agenda unificada. 

Grupos radicais, de direita e de esquerda, ajudam a atear fogo para todos os lados. A "lei e a ordem", todos sabem, é o estratagema que justifica a ação autoritária do andar de cima...

Mas, a iminência da perda de direitos poderá, mais cedo ou mais tarde, mexer com os brios dos "bons e mansos cristãos da terra de santa cruz" que, dificilmente, aceitarão o açoite da casa grande cabisbaixos, como ocorria outrora. 

Será que os tempos da "paz dos túmulos" ficaram para trás?

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